Em linha com o aumento da intenção de consumo no país a intenção de consumo da capital cresce pelo terceiro mês consecutivo aumentando a confiança na recuperação da economia
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1% entre julho e agosto, com uma expansão de 17% na comparação com agosto de 2021, subindo para 82,1. Com isto o ICF atingiu maior patamar desde abril de 2020 (95,6 pontos), ou seja, desde começo de pandemia de covid-19. De acordo com a CNC, o desempenho foi impulsionado por famílias com renda mais alta, mais otimistas e dispostas a consumir em agosto. Dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, seis apresentaram alta em agosto, como emprego atual (0,9%); renda atual (1,9%); acesso ao crédito (1,3%); nível de consumo atual (2,8%) perspectiva de consumo (0,8%) e momento para duráveis (1,2%). Nesta comparação, o único recuo foi em perspectiva profissional (-0,3%). Também é preciso destacar que as famílias com maior renda ( ganhos mensais acima de dez salários mínimos), mostraram-se satisfeitas com o acesso ao crédito, com indicador acima dos 100 pontos, o que não acontecia desde março deste ano.
Mais confiança na melhoria da economia já se reflete no aumento de investimentos
A pesquisa do ICF de Porto Velho, elaborada pela CNC em conjunto com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO também alcançou o seu maior patamar no ano, com um crescimento de 2% alcançando 72,1 pontos, ou seja, 0,1% a menos que os 72,2 pontos de dezembro de 2021 e 10,7% a mais que os 65,4 pontos de agosto do ano passado. Com exceção do Momento para Duráveis, que teve uma queda de -1,3%, todos os tópicos do ICF tiveram resultados positivos com destaque para Perspectiva Profissional, um crescimento no mês de 5,1% e do Acesso ao Crédito 4,4%. O Nível de Consumo Atual cresceu 1,3%; a Renda Atual 1,1%; o Emprego Atual 0,8% e a Perspectiva de Consumo 0,6%. É o terceiro mês seguido de melhoria da intenção de consumo com o adendo de que, praticamente, alcançou o mesmo nível do final do ano. Para o presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, “O fato da intenção de consumo de agosto ter superado os resultados dos dois anos anteriores reforça nossa perspectiva de aquecimento das vendas e de um segundo semestre muito melhor. Não podemos deixar de creditar o resultado a maior confiança na recuperação da economia, às medidas tomadas pelo governo e a diminuição da inflação, embora ainda existam, principalmente, nos estratos de menor renda uma certa precaução em relação as despesas. Mas, entre os empresários do comércio há uma maior confiança no futuro, o que se reflete no aumento dos níveis de investimento”, afirmou.
