
A Sala de Reuniões da Fecomércio-RO reuniu nesta sexta-feira 11.11 com empresários e lojistas da capital para buscar soluções junto ao Comando de Policiamento do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), para o combate à onda de furtos e crimes contra o patrimônio nos corredores comerciais.
Além de empresários de lojas da Avenida Nações Unidas, estiveram presentes o conselheiro da Fecomércio-RO, Osmar Santana, o presidente do Sindilojas, Antônio Ribeiro, a presidente da CDL, Joana Joanora, Wanderley Oriani, presidente da Associação Comercial de Rondônia, diretor da Federação, José Nilson de Oliveira e do comandante do 1º. BPM, tenente-coronel Amorim
O número de furtos tem aumentado consideravelmente, principalmente na madrugada, gerando prejuízos, incertezas e sensação de insegurança. Um dos exemplos claros da gravidade da situação é o relato de um empresário que já foi furtado duas vezes em menos de quinze dias e teve um prejuízo de mais de R$ 50 mil.
“O empresário está vivendo um clima de otimismo com o crescimento da Economia, adquiriu estoques se preparando para a Copa do Mundo e para as festas de final de ano, e vai investir nos empregos temporários. Essa onda de furtos é assustadora e não sabemos para quem apelar. Precisamos de um plano urgente que nos dê segurança para trabalhar”, disse o conselheiro Osmar Santana.
Ao se referir aos furtos, o empresário Wanderley Oriani disse que os delitos possuem método próprio e feito por grupos organizados. “Tem o cara que faz ´fita´ nos comércios, tem o que rouba os fios para garantir a escuridão e tem os que executam diretamente o furto. É tudo muito bem arquitetado. Não estamos lidando com amadores”, disse.
A presidente do CDL, Joana Joanora, lamentou a ausência de vários empresários convocado para a reunião e disse que a onda de crimes não tem limites, pois as ações são feitas à luz do dia. E o que é pior: nem mesmo as empresas seguradoras estão aceitando fazer determinados contratos securitários. “A situação está quase desesperadora”, definiu.
O comandante do 1º. BPM, tenente-coronel Amorim, disse que a situação a onda de furtos na região comercial não passa à despercebida, mas ressalta que é uma questão que, para ser solucionada, necessita de uma abordagem mais sistêmica e que somente a Polícia Militar não tem condições de dar conta, pois o problema é muito mais complexo.
“Eu preciso que os empresários provoquem uma outra reunião para que discutamos outras problemáticas. A questão da escuridão, por exemplo, tem a ver com o roubo de fios. Isso não é competência da PM. Fechamos lojas de sucatas em operações que comercializavam fios, mas elas já estão reabertas, não sei por quais motivos”, disse ele.
Na opinião do comandante, a reunião que vai definir estratégias mais viáveis deve ter a presença do Estado e da Prefeitura, dentre outros órgãos. “Somente a PM tem uma atuação limitada. É preciso envolver outros atores na discussão da segurança pública. Estamos á disposição para fazer o debate porque o combate ao crime é nossa função”, finalizou
