Maior fluxo de consumidores e aumento da intenção de consumo das famílias desenha cenário otimista para as vendas de fim de ano
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimou que o Natal de 2022 deve movimentar R$ 65 bilhões em todo o Brasil, o que representa um aumento real de vendas (1,2% no faturamento, descontada a inflação) depois de dois anos de perdas, porém ainda sem igualar o volume de vendas de 2019, que foi de R$ 67,5 bilhões.
Não é o que acontece em Rondônia, onde a movimentação direta deve chegar a R$ 422 milhões, ou seja, algo como 0,8% do PIB-Produto Interno Bruto, ou seja, a soma de todos as mercadorias e serviços produzidas no território rondoniense. Em termos estaduais, São Paulo (R$ 22,19 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,59 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 5,56 bilhões) concentram 51,3% da movimentação financeira prevista. Distrito Federal e Rio Grande do Sul são os Estados com as maiores projeções de avanço nas vendas, na data (altas de 6,8% e 6,2%, respectivamente) e Rondônia se situa num patamar intermediário com 3,8%.
A expectativa da CNC é que sejam criadas 98,8 mil vagas temporárias para o Natal de 2022 – contingente 1,8% maior do que as contratações para a mesma data no ano passado e 48% acima dos empregos criados no atípico Natal de 2020. A projeção para Rondônia é de que sejam criados 3.400 empregos, 55% a mais do em 2019 e o melhor resultado dos últimos 9 anos. Este resultado, segundo o presidente Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, aumenta a perspectiva positiva dos empresários para este final de ano e decorre do maior fluxo de consumidores, fenômeno que tem se verificada no segundo semestre de 2022.
Para ele, “contribui para isto, mesmo com o endividamento alto, o aumento da intenção de consumo das famílias e a evolução favorável do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação que desenham um cenário otimista e a expectativa de termos o melhor fim de ano melhor dos últimos tempos”.
Segundo a Assessoria Econômica da entidade o ramo de supermercados e minimercados deverá ser o de maior movimentação financeira no Natal deste ano, respondendo por 43,8% do volume total. Em seguida, as lojas de roupas, calçados e acessórios, com 29,4% do total e os estabelecimentos especializados em artigos de uso pessoal e doméstico com 14,3%, segundo sondagem realizada, por telefone, com 140 empresas no começo do mês.
