As obras previstas na concessão da BR-364 foram tema da segunda audiência pública realizada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado, desta vez na cidade de Vilhena, um dos polos do agronegócio rondoniense. O encontro ocorreu no plenário da Câmara Municipal, reunindo representantes do setor produtivo, autoridades políticas e lideranças empresariais.
Durante a audiência, produtores rurais e empresários manifestaram preocupações com o contrato de concessão, destacando que a proposta atual, que prevê apenas 15% de duplicação da rodovia entre Vilhena e Porto Velho, é insuficiente para atender às demandas da região. Eles defenderam a duplicação total da BR-364, alegando que a infraestrutura atual já não comporta o intenso tráfego de cargas e veículos pesados.
Outro ponto criticado foi a previsão de cobrança de pedágio antes da conclusão das obras, o que, segundo os participantes, pode elevar ainda mais os custos logísticos e comprometer a competitividade do agronegócio. Atualmente, o frete na região gira em torno de R$ 180 por tonelada. Com a concessão e início da cobrança dos pedágios, a expectativa é que o custo suba para R$ 220 por tonelada.
O Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-Instituto Fecomércio foi representado na audiência pelo Gerente do Senac em Vilhena, Rafael Oliveira, reforçando o posicionamento das entidades em defesa da infraestrutura como elemento fundamental para o desenvolvimento econômico do estado.
O evento contou com a participação dos senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, além do diretor executivo da Associação Nacional de Transporte de Cargas (ANATC), Carley Welter, empresários do setor logístico, vereadores, prefeitos e representantes de transportadoras da região.