O endividamento de Porto Velho, apesar de 10,5% acima do nacional caiu levemente em maio
Em maio de 2025, as famílias brasileiras ficaram mais endividadas. É o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mostra um crescimento de 0,7%, na comparação com abril saindo de 77,6% para 78,2%. Ao aumento do endividamento pode ser atribuído ao aumento do custo de vida dos brasileiros num cenário de elevação da taxa Selic e da inflação, o que dificulta o consumo e aumenta o custo do crédito. Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, “A inadimplência é um reflexo do impacto desses fatores sobre as famílias de baixa renda, que enfrentam juros elevados e renda limitada para absorver o aumento dos preços. É fundamental promover um ambiente econômico estável e políticas que ampliem a capacidade de consumo”.
Em maio, com um consumo menor, em Porto Velho o endividamento caiu levemente -0,2%
Em Porto Velho, a pesquisa de endividamento e inadimplência, realizada em conjunto com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO mostra também, em maio de 2025, houve uma leve queda, em relação a abril, de -0,2%, de 86,5% para 86,4%. Também é importante assinalar que 18% se dizem muito endividados, 38,5% mais ou menos endividados e somente 13.6% afirmam não ter dívidas. As famílias que não terão condições de pagar, em maio, são 16,2%.
As maiores dívidas provêm de cartão de crédito (79%) e depois os carnês (35%). As contas em atraso, em maio, atingem 46% das famílias e 17, % delas afirmam que não tem como pagar, mas 49% delas estão com menos de 90 dias de atraso. Para o presidente do Sistema Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, este resultado do aumento de famílias que não podem pagar suas contas, não se situa fora das expectativas na medida em que “A inflação elevada com o aumento dos juros torna mais difícil para as famílias com rendas mais limitadas suportar os aumentos dos preços.
E não teremos solução para isto sem um ambiente econômico mais estável”. Enquanto isto não acontece, Raniery Coelho ressaltou que será necessário aproveitar a legislação criada para o endividamento e implantar políticas de negociação das dívidas e reforçar a educação financeira das famílias mais endividadas.