PARALISAÇÃO DO PORTO GERA IMPACTOS NO COMÉRCIO

PARALISAÇÃO DO PORTO GERA IMPACTOS NO COMÉRCIO

Presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, teme problemas de aumento de preços e até desabastecimento, se a paralisação for prolongada

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio-CNC, Raniery Araujo Coelho, manifestou sua grande preocupação sobre os efeitos da paralisação do porto de Porto Velho sobre as atividades comerciais e de serviços. Já tinha sido preocupante o fato de, na semana passada, o porto haver reduzido em mais de 50% suas operações, pois operava com 100 mil toneladas, metade da carga em meses normais. Com as operações no Porto de Porto Velho temporariamente suspensas, pela primeira vez na história, devido à seca extrema, com o nível do rio Madeira.  caindo para apenas 25 centímetros, armadores e operadores portuários pararam suas atividades devido às condições críticas de navegabilidade. O porto, administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), é um dos principais pontos de escoamento das cargas estaduais. A paralisação afeta o transporte de granéis sólidos, líquidos e cargas gerais entre Rondônia e o Amazonas, porém o maior problema pode se tornar o transporte de combustíveis, que, em grande parte, é realizado por via fluvial.

Embora informado que a SOPH, com o apoio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e da Marinha, monitorem a situação e estejam buscando soluções, bem como oferecendo suporte técnico a embarcações com dificuldades, enviando bombas para remover água em casos de encalhe, a questão fundamental é que a retomada das atividades vai depender da elevação do nível do rio e de condições seguras para a navegação. É preciso entender-salientou o presidente- que a hidrovia do rio Madeira, com mais de 1 mil km de extensão navegável, é uma das mais importantes rotas de transporte da região Norte, e sua paralisação, dado o baixo nível das águas do Madeira e seus afluentes, desencadeiam uma série de dificuldades logísticas, que impacta desde a operação do Porto de Santos até o comércio exterior brasileiro, bem como a estiagem, em muitos casos, interrompe o transporte de grãos, minérios e produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM) e o abastecimento das cidades, entre as quais duas capitais, resultando em atrasos e aumento dos custos logísticos. A permanência de sua paralisação é preocupante, se prolongada, pode gerar aumento de preços e até um possível desabastecimento de insumos e produtos. Raniery Coelho lembrou ainda que é nessas horas que se vê a importância, e a falta, que o asfaltamento da BR-319-Manaus/Porto Velho faz.

 

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